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Código de Ética Profissional do Designer Gráfico
Um guia de como montar um bom portfolio criado por Eugênio Mohallem.

Artes Gráficas

Pré-Impressão


O processo de pré-impressão, como o próprio nome diz, abrange todas as etapas anteriores à impressão. Desde a concepção do original até a confecção da matriz para impressão, se houver. Cada processo de impressão possui suas particularidades, o que implica que cada um tem uma forma de tratamento de imagens, especificação de lineatura, ângulos de retícula, etc.


Mais do que o processo puramente técnico, a pré-impressão também engloba o design do impresso, o que implica em seu processo criativo, com todas as características de composição, cores e aspectos de legibilidade. No entanto, nos textos a seguir não serão abordados assuntos referentes à composição, percepção, Gestalt, etc. Os textos a seguir tratarão apenas dos aspectos mais técnicos, pois temas relacionados à percepção exigem um aprofundamento teórico que fogem do escopo dessa seção.


  • Luz e Cor
Para o processo gráfico, a luz é uma estreita faixa do espectro eletromagnético que é visível ao olho humano (espectro visível). Podemos ver um objeto apenas se ele refletir a luz emitida de alguma fonte (o Sol por exemplo) em direção aos nossos olhos. A variação da tonalidade de uma luz é determinada pelo seu comprimento de onda, assim o menor comprimento visível é de 380nm (nanometros) e corresponde ao tom violeta, na outra ponta está a onda de 770nm, correspondente ao vermelho. A tabela abaixo exibe uma correspondência entre os comprimentos de onda e seus respectivos tons.


O espectro visível corresponde a uma ínfima parte do espectro eletromagnético.



Vermelho770 a 630nm
Laranja630 a 590nm
Amarelo590 a 560nm
Verde560 a 520nm
Ciano520 a 480nm
Azul480 a 440nm
Violeta440 a 380nm

Tabela de correspondência entre comprimentos de onda e tons.

A cor (tom) pode ser genericamente definida como a sensação luminosa causada pela luz, de acordo com seu comprimento de onda. Quando não há luz, não há cor, por esse motivo, considerando essa definição, o preto não pode ser considerado uma cor, pois não reflete luz. Mesmo assim, por facilidade de interpretação, é tratado como uma cor.

  • Atributos da cor

A cor tem três atributos principais:
Tonalidade descreve o tom, ou seja, o comprimento de onda dominante na luz. Assim, temos tons azuis, verdes, vermelhos, etc.
Saturação descreve a intensidade da cor e o seu distanciamento em relação ao gris (genericamente o cinza). O gris de uma tinta, por exemplo, é causado por impurezas na sua formulação, o que acaba acarretando a reflexão de parte da luz que deveria ser absorvida (ver síntese subtrativa abaixo). Assim, quanto mais pigmento é adicionado a uma tinta, maior a sua saturação (desde que seja o mesmo pigmento, com a mesma tonalidade).
Luminosidade descreve o grau de variação claro-escuro da cor. Assim como os outros, esse atributo é totalmente independente dos demais.




  • Síntese aditiva (RGB)

A luz branca é o somatório de 3 luzes de coloração primária, são elas: o vermelho (Red); o verde (Green); e o azul violeta(Blue). As cores visíveis são resultado do comportamento dos objetos em relação a absorção ou reflexão dessas três luzes (cor luz) principais. Assim, um objeto amarelo absorve a luz azul violeta e reflete o verde e o vermelho. A composição por RGB é utilizada em aparelhos emissores de luz, como por exemplo os televisores, projetores e monitores.




Composição de cores por adição de luzes, ou síntese aditiva (RGB)



  •  Síntese Subtrativa (CMYk)
A síntese subtrativa baseia-se em três tintas (cor pigmento) principais, responsáveis por subtrair as três luzes do sistema RGB, são elas: o Ciano (Cyan); o Magenta; e o Amarelo (Yellow). A tinta preta é utilizada apenas para reforçar as áreas mais escuras da imagem ou economizar tinta na impressão de tons de cinza (GCR e UCR). Por meio do esquema abaixo, pode-se perceber então que se uma área impressa for verde, ela possui as tintas ciano e amarelo, respectivamente responsáveis pela absorção das luzes vermelha e azul violeta. Como mencionado anteriormente, trata-se de tintas (pigmentos) e não de luzes, por isso é o sistema utilizado nos sistemas de impressão.




Composição de cores por subtração de luzes, ou síntese subtrativa (CMYK)


  •   Análise das cores 

A cor pode ser mensurada com instrumentos apropriados, que quantificam a quantidade de luz refletida ou emitida por um objeto/impresso. O densitômetro é capaz de quantificar a intensidade da cor, por exemplo, a densidade de uma certa cor em determinado impresso varia conforme a área de cobertura dos pigmentos no suporte. O espectrofotômetro é capaz de quantificar o desvio de cor, por exemplo, tons de verde no impresso podem ser compostos por diferentes proporções de ciano e amarelo. Atualmente existem aparelhos que conjugam ambas as funções (espectrodensitômetros). 

A conversão de cores de um sistema de cores para outro (RGB - CMYK) acarreta sempre em perda de fidelidade de cor. Trata-se de um dos grandes desafios da indústria gráfica mundial: eliminar a discrepância entre o que o designer vê na tela (RGB) e o impresso final (CMYK). Para minimizar os efeitos dessa conversão e das capacidades de reprodução de cor característicos de cada equipamento costuma-se utilizar os sistemas de gerenciamento de cores.





Imagens no projeto gráfico

As imagens processadas por computador podem ser divididas em duas categorias principais: as imagens de natureza vetorial e as debitmap. Cada categoria possui suas vantagens e desvantagens, com características bem peculiares. É possível converter imagens entre os dois formatos e também misturá-los em um arquivo, por isso é imprescindível reconhecer as diferenças e limitações de cada formato

  •   Imagem vetorial


As imagens vetoriais são totalmente descritas por informações matemáticas. Cada linha é construída por uma série de pontos unidos por linhas ou por curvas com pontos de controle, sendo estas últimas chamadas de curvas Bézier. Esse é o método utilizado por softwares de desenho como o Adobe Illustrator ou o Corel Draw.




A curva ao lado é composta por 4 pontos. Todos eles contém alças de controle que influenciam a direção seguida pela curva.





O vídeo acima demonstra a criação e utilização de curvas Bézier.



Em geral, as imagens vetoriais são arquivos mais leves, pois são totalmente descritos por definições matemáticas. Por esse motivo também podem ser redimensionados sem perda de qualidade significativa, sendo ideal para a execução de logotipos, mapas ou imagens que tem de ser redimensionadas com frequência. No entanto, deve-se atentar para algumas alterações importantes durante esse processo:
  • Os desenhos com informação de trapping só podem ser redimensionados até 20% de sua dimensão;
  • Linhas de espessura fina poderão desaparecer se o desenho for muito reduzido;
  • Pequenos erros no desenho poderão ser visíveis caso forem muito ampliados;
  • Desenhos com o uso de "tiles", efeitos de lentes ou efeitos muito complexos podem tornar os arquivos muito complexos e gerar problemas no fechamento do arquivo.
Entre os formatos de arquivos mais utilizados para imagens vetoriais estão formato EPS, o PDF e o PICT.
O formato EPS (Encapsuled Post Script) é o formato mais utilizado para desenho vetorial, principalmente por ser um formato suportado por diversos aplicativos de diversos fabricantes. Esse formato também pode conter imagens bitmap.
O PDF foi desenvolvido pela Adobe, é um formato muito versátil, podendo conter qualquer tipo de imagem, embora não seja muito utilizado para o armazenamento de imagens. Pode incluir páginas completas.
O formato PICT também pode conter qualquer informação vetorial ou bitmap. É utilizado preferencialmente em computadores MAC.





Imagens bitmap


As imagens bitmap são formadas por uma sequência de pixels. O pixel é a abreviação de picture element, que nada mais é do que um ponto invisível a olho nú, contendo uma informação de cor descrita por bits, ou seja, a menor unidade de informação que um computador utiliza. O número de pixels necessários para uma boa imagem depende do uso da imagem.



A imagem acima ilustra os pixels da imagem. Cada elemento quadrado representa um pixel, contendo uma cor específica e se configurando como elemento de uma matriz formadora da imagem.


Existem basicamente 4 tipos de imagens bitmap: as imagens Line-art; as imagens Grayscale; as imagens Multitônicas; e as imagens aCores.
Line-art são imagens contendo apenas duas cores (normalmente o branco e o preto) e sem variação tonal. Os computadores precisam de apenas 1 bit para descrever cada pixel desse tipo de imagem (on=preto, off=branco).




A imagem acima é composta apenas pela cor preta e sem variação tonal (apenas traços).

Grayscale são imagens em tons de cinza, também compostas por preto e branco, mas agora com variação tonal.



A imagem acima é composta apenas por tons de cinza.

Multitônicas são imagens que contém variação tonal de duas ou mais cores. As mais conhecidas são as Duotônicas, que são compostas por preto e uma segunda cor direta (normalmente Pantone).



A imagem acima é composta pela cor preta e a cor Pantone Red 032 C.

As imagens a Cores são as imagens coloridas comuns, que podem ser descritas usando os espaços de cores convencionais, como o RGB, CMYK ou Lab.

Imagem a cores
A imagem acima é colorida, podendo adotar vários sistemas de cores (RGB, CMYK, Lab, etc).




Imagens bitmap - Formatos Bitmap

EPS (Encapsuladed Post Script)

PostScript é uma linguagem de descrição de páginas criada pela Adobe. O formato EPS não é estritamente bitmap, pois permite que objetos sejam incorporados ao arquivo com as informações de configuração de página, fontes, vetores, pixel, cabeçalho e informações do programa em que foi gerado.
Nesse tipo de arquivo podem estar inclusos somente uma imagem em baixa resolução para visualização e diagramação, mantendo o vínculo com a imagem em alta resolução a ser usada na saída. Os arquivos EPS também podem conter informações de lineatura, ângulo de retícula, tipo de ponto e compensação de ganho de ponto.
A extensão EPS é necessária quando da exportação dos vetores ou quando as imagens possuem cores especiais. Alguns arquivos tem incorporados a si uma imagem bitmap onde cada pixel tem a sua informação CMYK (composite), outros podem conter os valores em arquivos separados (separation).

EPS com compactação JPEG

O formato JPEG é um formato compactado de imagem. Sua qualidade depende da manipulação do seu grau de compactação, porém, não é aconselhável para a área gráfica pois sempre haverá perda de qualidade. Além disso, deve-se considerar que o RIP não codifica esse formato.
Contudo, há o formato EPS com compactação JPEG. Esse arquivo mantém uma imagem codificada nesse formato durante a edição e, quando esse é mandado para o RIP, é traduzido novamente em código EPS. Nesse caso, o RIP tem de utilizar o PostScript nível 3.

DCS (Desktop Color Separation)

Trata-se de um arquivo EPS que contém um arquivo separado em baixa resolução para visualização e diagramação. Em sua segunda versão (DCS-2) é utilizado para saída em CMYK com arquivos separados para cada cor, suportando também cores especiais (spot). Portanto um arquivo dessa natureza possui, no mínimo, 5 separações (CMYK + preview + possível cor especial).

Scitex Psimage

Também se trata de um arquivo EPS que contém uma imagem CMYK em baixa resolução para a edição e um em alta para a saída do filme ou chapa. Esse processo é realizado por um sistema denominado APR (Automatic Picture Replacement), sendo similar ao OPI.

Scitex CT

Esse é um formato de arquivo em alta resolução utilizado pelo RIP Scitex (brisque) para separar de um arquivo já ripado a imagem do traço e texto. Assim, esse arquivo pode ser importado por um aplicativo, re-editado e salvo novamente diretamente no arquivo ripado, sem a necessidade de novo fechamento.

OPI (Open Prepress Interface)

Trata-se de um sistema desenvolvido pela Aldus Corporation, que pode estar presente em um servidor ou RIP. O seu objetivo é reduzir o tráfego na rede guardando os arquivos em alta e enviando os arquivos em baixa para aplicação nas páginas.

TIFF (Tagged Image File Format)

É um formato bitmap versátil e sem perda de qualidade, em tamanho e resolução originais, podendo descrever imagens em preto e branco (pb), CMYK, RGB, CIE Lab. O formato TIFF é amplamente utilizado para escanear imagens.
Pode-se utilizar também a compactação LZW (Lempel, Ziv e Welch), que atinge áreas onde os pixels são parecidos e adjacentes, mesclando-os numa única informação. Esse tipo de compactação não age nos contornos da imagem



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